Faz frio por aqui...
E o frio, não sei por que sempre me faz lembrar de maneira triste e suave, de pessoas e coisas distantes ou até mesmo próximas.
Quando ele chega, a primeira coisa que diz é: saudade. Mas, ainda não sei que saudade é essa...
Às vezes, ele me pega desprevenida e eu não compreendo o meu comportamento. Ou então, quando vejo que a previsão do tempo é de dia chuvoso, ou céu parcialmente nublado, penso logo: hoje é dia... Dia de sentir saudade.
E o frio, não sei o seu, mas o meu suplica por um bom filme, uma boa música, fotografias antigas, telefonemas tão esperados ou desesperados, café, biscoitinho de nata e, acima de tudo: uma boa companhia. Seja ela para assistir, ouvir, ver, falar, beber, comer... Companhia mesmo, não precisa fazer tudo isso, basta respirar. O fato de saber que ela se faz presente, já satisfaz; passa segurança.
É como uma criança que acabou de tirar as rodinhas da bicicleta: ela não dispensa a companhia do pai ao lado dela, porque ela, alguma coisa dentro dela, ainda diz que não é a hora de se afastar, que não é aquele o momento.
Frio, saudade, companhia...Qual será a linha tênue entre eles?
Ah! Já ia esquecendo... No frio, as pessoas ficam sempre mais bonitas. Elas se vestem bem. Ficam mais elegantes.
Já reparou?