sábado, 8 de agosto de 2009

quarenta segundos de experiência

Ainda não tinha me dado conta do quanto uma experiência, por mais singular que seja, muda completamente, ou senão mais da metade, o meu ponto de vista sobre determinado assunto.
Já passei por muitas, mas depois, só de pensar bastante sobre o ocorrido, eu cheguei a sutil conclusão de que todas as outras experiências não foram marcantes o suficiente; marcantes quando pensadas às quatro da manhã, depois de levantar subitamente da cama, com a sensação de uma arma apontada para mim.
Desço as escadas, um pouco descabelada, confesso; pego um copo e o encho de água. De repente, me vem à cabeça que aquela água que escorre para dentro do copo pode ser usada como metáfora, quando a minha experiência for descoberta.
Já faz um mês desde o ocorrido, mas não consigo esquecer. Tentei substituir, procurando outra coisa pra experimentar, mas não tem jeito.
Penso agora: já faz um mês desde quando aconteceu, mas faz seis meses, aproximadamente, que conheço o objeto de minha experiência.
Eu não sei se não esqueço porque foi traumática ou porque foi maravilhosa.
Dúvida cruel.

e não, não é de sexo que estou falando.

sábado, 13 de junho de 2009

Recado de uma viajante

Fiquei tanto tempo afastada, que quando fui fazer o login já tinha esquecido a senha.
É falta de tempo, memória ou desleixo com o blog?
Então, só vim aqui dizer que minhas férias serão dedicadas ao sociólogo canadense Erving Goffman.
Já tenho anotado o nome de seus livros e vou comprá-los em julho.
Quem quiser contribuir, tô dentro.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Entender antes de criticar

Muitos dizem não gostar de algo antes mesmo de conhecer. Na maioria dos casos, as pessoas repudiam só porque já ouviram falar coisas não muito boas a respeito de tal assunto, pessoa etc. Isso aconteceu comigo.
Nesse período da faculdade estou estudando a disciplina-mãe do curso: Teorias da Comunicação.
Como desde o primeiro período nunca ouvi ninguém elogiar a tal matéria, já entrei na sala, no primeiro dia de aula, com um ar de insatisfação total.
Já entrei sabendo que ia odiar a disciplina e o professor que estivesse ministrando-a.
Queria morrer logo nos 20 primeiros minutos de aula.
Quando saí de sala, não só eu, mas diversos colegas de classe reclamaram da aula.
Comentários ainda perduram, mas eu já mudei meu ponto de vista. Parei e pensei: por que eu, pelo menos, não tentava me interessar mais pela disciplina, ao invés de só critcá-la?
Então, comecei a estudar e percebi quanta coisa boa eu estava perdendo, deixando-me levar por comentários de um ou outro.
Passei a gostar tanto das teorias, que, a partir de agora, muitas coisas que leio e vejo sempre me remetem a algum autor de alguma das teorias.
Depois disso, até o meu comportamento/relação com a professora mudou...pra melhor, diga-se de passagem.
Com base no meu próprio comportamento, ficou claro como ignoramos muitas coisas sem antes de ao menos conhecê-las ou tentar nos interessar mais.
E também a partir disso, fiquei um pouco receosa em relação à quantas coisas eu deixei pra trás, com a simples justificativa de que era relevante.
Tentei vasculhar a caixinha da memória, com a esperança de encontrar algo que ainda valha a pena ser estudado, e por hora, não encontrei nada.

Fiquei certa de um coisa: com o tempo, a gente vai se fechando dentro da própria cabeça e tudo parece mais difícil do que realmente é. Não devemos perder a curiosidade por nada. Há muitos lugares para serem vistos e muitas pessoas para serem conhecidas.

domingo, 29 de março de 2009

Sempre na mídia

Tenho abandonado esse blog constantemente, embora não o tire da cabeça.
Sempre que vejo algo que valha a pena postar aqui, nunca estou perto do computador ou então, nunca tenho, em mãos, algo que escreva. Aí, aquela brilhante ideia de fazer uma analogia a algo, vai embora e nem que eu me esforce bastante, não consigo lembrar. Ainda mais que eu tenho um pequeno problema de memória. Tomei remédio durante dois anos, e o mais engraçado é que minha mãe tinha de ficar me lembrando de tomar o tal remédio. E aí, pergunto a vocês: o remédio fez efeito? Nãão!!! Enfim,...
Geralmente eu sempre lembro de escrever no blog, algo que eu vi no jornal. E como esse assunto não é velho e acho que nunca ficará, vamos ao Senado.
Parece que o dito cujo resolveu diminuir drasticamente o número de diretores. Depois dessa medida, acho que, finalmente(ou não), a crise chegou ao Senado. Eu só ainda não sei quantos diretores realmente fazem parte da administração da Casa. Já vi 131,141 e 181 nos jornais. Mas eu acho que agora eles resolveram establizar a coisa, dizendo que são "somente" 181, embora alguns ainda duvidem do número.
O primeiro-secretário da Casa, Heráclito Fracos, ou melhor, Fortes, anunciou que o Senado amputou 50 cabeças!
E depois dessa, parece que vai ter gente lá que terá de dirigir o próprio carro, sem a mordomia de um motorista e também terá de cobrir os gastos de seus carros, como combustível, com o próprio dinheiro.
Agora sim, eles vão sentir o bolso doer, como o senador Tião Viana, que emprestou um celular da Casa - sem limite de gastos - para sua filha que viajou pro México e passou cerca de 15 dias por lá, falando às custas, até então, do Senado.

Povinho metido esse, hein...

quinta-feira, 12 de março de 2009

Feedback

Sabe quando chega o momento de perguntar pra si mesmo se realmente todo esforço está valendo a pena?
Então... o meu chegou. E o ruim nessa história é que eu, definitivamente, não sei a resposta.
Fico na esperança de que isso será válido um dia e de que todo esforço realmente valerá a pena.
Mas fazer as coisas na base do "achismo" não dá.
A pressa é inimiga, mesmo. A gente faz tudo querendo um retorno ou uma resposta pra ontem.
Queríamos mesmo é ter a tecla "F5" dentro de nós. Seria ótimo fazer as coisas e vê-las atualizadas imediatamente. Mas, infelizmente, como não possuimos essa capacidade tecnológica, temos de viver em função do tempo e fazer tudo corretamente, ou pelo menos achar que estamos fazendo o certo, pra quando chegar o momento, a gente perceber que realmente valeu a pena.
E, se por um acaso, não ficar como planejamos, paciência.
É só colocarmos os carrinhos no ponto de partida, mais uma vez, e jogar os dados.

sábado, 7 de março de 2009

Coisas soltas

Por que a gente precisa tanto das coisas? É uma dependência diária que nem nos damos conta.
Tenho de ir à faculdade, mas pra isso, preciso de um transporte. Tenho de fazer compras, mas preciso de dinheiro ou qualquer outra coisa do tipo, que o substitua.
É como se tudo estivesse conectado, e qualquer coisa que interrompa, nos impossibilita de dar prosseguimento e finalizar a tarefa.
Isso vai desde acordar até dormir. Sim, porque pra levantar da cama, é preciso ter pés e acima de tudo, vontade.
Chega desse papo careta.

Então, estou escrevendo da minha terra de origem, digamos assim.
Cheguei sexta à noite, depois do trabalho. Peguei o ônibus das 20h40 e até que o motorista não era tão lerdo, porque eu já peguei alguns que só a misericórida.
Sentei na poltrona 27, janela. Passados cinco minutos que eu estava sentada, entrou um rapaz, bonito por sinal, e foi passando o olho atentamente nos números até achar o dele. Achou, era a poltrona 28, bem do meu lado.
Enquanto um silêncio estranho ficou entre nós - digo estranho porque parecia que ambos tínhamos algo pra falar - eu observava como a cidade era, de certa forma, bonita a 80km/h. E enquanto observava, fazia comparações com a vida e com as coisas que faziam parte dela.
Era como se o ônibus fosse eu, e as árvores, lojas, os carros, pedestres etc eram todas as pessoas que já passaram pela minha vida.
É muito bom refletir dentro de um ônibus em movimento. Ainda mais à noite, junto com as luzes da cidade.

Cheguei agora pouco de Niterói, mas antes estava no Jardim Botânico. Programinha de pai e mãe com saudade da filha que não mora mais eles. Exceto nos finais de semana.

Uma nota: preciso de um emprego que me deixe ter vida social e virtual, também. Só pra eu acompanhar uns blogs de cada dia.

Amanhã, logo cedo, vou a Niterói refazer meu exame de vista. Vão pingar um líquido maldito nos meus olhos e eu vou ter vontade de matar quem vai fazer isso. Já estou me preparando psicologicamente e sofrendo por antecipação, é claro. E logo depois, vou arrumar as coisas e seguir caminho rumo a Cabo Frio. Tem um trabalho me esperando por lá...
Beijos e se Dalai Lama permitir, escreverei antes das férias de julho.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Gozado, não?

Não querendo defender, mas a propaganda não tem só o papel de persuadir. Ela tem que vender, informar e persuadir. Então, acho que muitos que estão circulando por aí não estão cumprindo nem um terço desses três quesitos básicos. Alguém, por acaso, já teve a infelicidade de assistir na TV ou ouvir no rádio o comercial do "Enjoy"? Com um ex-bbb que, se eu não me engano, é o tal do Alemão.
Primeiro eu ouvi no rádio e achei péssimo. O cara não tem entonação nenhuma pra falar. Um horror! Aí, no dia seguinte, estava colocando o tênis pra ir à faculdade, foi logo pela manhã, quando, de repente, começa o tal comercial. Parei pra assistir com a esperança de que o da TV fosse melhor do que o do rádio. E nada! Os dois são péssimos! E o pior é que isso acaba com a imagem do publicitário, porque qualquer pessoa que vê aquilo ali na mídia, já acha que o trabalho não é tão difícil assim; que qualquer um é capaz de produzir uma peça.
Mas, como não é de comerciais ruins que eu quero falar, vamos ao que interessa!
Alguém lembra do comercial do Ministério da Saúde, em que o slogan era: "Fale com seu parceiro: sem camisinha, não dá"? Então, se um comercial ambíguo como esse foi parar na mídia, por que esses não foram?


É só ter paciência!

Quem procura, acha!


Não vi nada mais verdadeiro que isso até hoje!


Finalmente.

Pra tudo dá-se um jeito.
Essas peças são para pessoas que, assim como eu, concordariam que o slogan ideal pra Gretchen, que de candidatou para o cargo de prefeita de Itamaracá, nas eleições de 2008, seria: "é dando que se recebe". E o discurso dela, com certeza, deveria começar da seguinte forma: " Será uma camapanha muito abundamente, sem problemas de fundos..."
Tchau, pessoal.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Duas histórias: tudo está conectado

Até que hoje passei um dia bastante agradável. E o horário de verão até que deu uma ajudinha, porque só assim pra aproveitar mais um pouco do mar. Então, fui à Ilha do Japonês, aqui mesmo em Cabo Frio. Pra quem busca paz e tranquilidade, lá é o lugar ideal. Meus pais sempre vão pra pescar e como eu não curto muito, sempre fico em casa. Mas, hoje deixei a preguiça de lado e resolvi ceder às queixas do povo do canto de cá. Chegamos bem cedo por lá e estreamos o caixa de um dos quiosques. Meus pais, rapidamente, aprontaram todo o material de pesca e lá foram eles seguindo a minitrilha deixada pelos vestígios de estranha civilização, como diria o grande Chico.
Como essa história de pescaria realmente não enche meus olhos, preferi poupar meus pés e só resolvi passar pela trilha já no final, quando estávamos quando indo embora. Então, acomodei-me em uma das mesas e fiquei observando um trio de meninos jogando bola.
Do outro lado, meus pais foram muito bem recepcionados. A natureza foi bastante justa com ambas as partes.


Tanto pra eles, que estavam depois da trilha...

...quanto pra mim, que estava antes.
Só que engana-se quem pensou que eu fiquei sozinha de um lado. Estava era muito bem acompanhada de Hanna Schmitz e Michael Berg. Quanto mais o Michael me contava a história deles, mais empolgada eu ficava e queria ouvir mais e mais. Era tão instigante o jeito como ele me contava, que se resume um pouco assim: Michael, um adolescente de apenas 15 anos, tinha hepatite e um dia passou mal na rua e foi ajudado por Hanna, que era vinte anos mais velha que ele. Já recuperado, ele resolveu ir até à casa dela para agradecer e os dois acabaram se apaixonando. Mas isso não foi aqui,não. Foi na Alemanha, no final da Segunda Guerra Mundial.
Hanna marcou Michael pelo sexo e ele a marcou pela literatura. Isso ocorreu porque todos os encontros deles seguiam um ritual: tomavam banho, em seguida ele lia fragmentos de Goethe Schiller, entre outros, esó depois faziam amor.
Mas Hanna, uma mulher enigmática, diga-se de passagem, desapareu de repente e Michael acabou de convencendo de que eles nunca se veriam novamente.
Mas não foi bem assim. Eles se reecontraram num Tribunal. Ele, estudante de Direito que acompanhava um caso cometido por crimes de guerra, e ela, sentada no banco dos réus, acusada de ter cometido atrocidades num campo de concentração nazista.
A partir daquele reecontro, Michael tenta descobrir quem era a mulher que amou, e ele acaba percebendo que Hanna escondia um segredo mais grave que um homicídio...
Mas, a história não acaba aí, não. E como nem eu sei como ficou isso, vou pegar agora mesmo o livro pra terminar essa maravilhosa e surpreendente história de amor, vergonha e piedade, como descreveu o próprio autor.
E rapidamente, antes de partir, pedi licença ao céu pra registrar essa imagem:

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Faxina

Com todo esse clima de volta às aulas, eu acabei parando pra pensar numa coisa, que é muito comum nessa época do ano: entrada e saída de alunos, seja da escola ou faculdade.
É que, de um tempo pra cá, eu tenho observado a facilidade que as pessoas têm de entrar na nossa vida, muitas vezes pra bagunçar mesmo, e saem depois como se nada estivesse acontecido. Ou então, como se nunca tivesse nos conhecido. Estranho isso, não?
Tanta gente passa pela nossa vida e nem nos damos conta da grandeza disso. Algumas, em um determinado momento, se tornam tão importantes, que a gente já não se imagina sem elas. E de repente, a gente percebe que não sabíamos de fato o significado da palavra "importante". É verdade. Porque em alguns casos, aquela pessoa tão querida de alguns meses atrás, a gente já nem lembra mais o nome. Será que as pessoas estão se tornando descartáveis, ou será que o mundo está girando tão depressa, que o relacionamento como um todo, tende a acompanhar essa rapidez?
Acho que a verdade é que a cada dia que passa, o número de figurantes entre nós, aumenta. Tem tanta gente fazendo figuração na nossa vida. Ficam ali, imóveis, de vez em quando dão um sorriso, falam um "oi", mas não nos acrescentam em absolutamente em nada. E nós, na maioria das vezes muito comodistas, deixamos como está.
Agora, definitivamente, não quero mais isso pra mim. Ou é coadjuvante ou cai fora.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

"Conversa de botas batidas"

Ontem, meu sobrinho, de apenas 5 anos, mandou essa:

- Tia, o que é emoção?
(eu) - Ah! É como se ela fosse caracterizada por uma uma reação. Tipo, não tem quando você sente vergonha?
(sobrinho) - Aham...
(eu) - Então, é meio que uma emoção que você está sentindo naquele momento. É uma coisa rápida; passageira. Entendeu?
(sobrinho, ignorando solenemente a minha resposta, apontando para a tela da TV) - Tia, olha o que ele vai fazer agora...
Bom, não sei se a explicação estava correta, mas eu tentei e ele não deu a mínima.
Fiquei o dia todo com isso na cabeça, tentando descobrir de onde ele tirou aquilo.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

é tudo novo, mas não de novo

Amanhã vou comprar algumas coisas que faltam pra eu começar a estudar, e é fato que encontrarei muitos pais desesperados com seus filhos nas papelarias, e vou lembrar, sem dúvida, do tempo que eu ia com o meu pai pra fazer a mesma coisa: comprar material escolar! Só tinha uma coisa que eu fazia questão: lápis de cor tinha que ser da Faber-Castell.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Negligência, não da minha parte

"Essas fotos estão um lixo!"
Assim é que fui mais ou menos recebida na segunda-feira, no trabalho. A editora chefe repetiu isso não sei quantas vezes.
Mas, não foi isso que me deixou chateada até hoje, e sim o fato de eu ter levado uma bronca por uma coisa que eu não fiz.
O rapaz chegou lá na quarta-feira passada, queria fazer tudo do jeitinho dele e eu pensei: quem sou eu para impedi-lo? Simplesmente o jogaram lá e eu tive de me virar nos 30 pra dar conta do meu serviço e dar uma de babá de um menino com aproximadamente 19 anos! Francamente.
E ele nem pra pedir desculpa. Então tá, né?!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Um misto disso e daquilo

Nó. Essa é a pequena definição que eu posso dar a grande confusão que se forma na minha cabeça, dia e noite.
Pensamentos soltos; incompletos. Penso, muitas vezes, que eu não consigo expressar claramente o que sinto ou o que tenho a dizer, talvez. Ou então, quando consigo me expressar, sinto que sou meio grossa; direta - essa talvez seja a palavra-chave -, e tem muita gente que não gosta de ouvir certas coisas. Ou melhor, todos gostam de ouvir o que é bom, o que faz qualquer um se sentir bem. Não vejo assim. Não podemos enganar todos com a nossa simpatia de cada dia. Comigo, por exemplo, se alguém perguntar se isso tá bom ou bonito, vou ser sincera. Não fico procurando nenhuma "poesia ímpar" pra tentar disfarçar que eu não gostei de tal coisa.
Mas,por outro lado, penso que eu não preciso ser clara, sempre. Pelo menos pra mim. O fato de eu não ser uma pessoa explícita não quer dizer que eu não sinta, entende? Só eu entendendo já está de bom tamanho.
Acho um tanto desnecessário ter a "obrigação de me descrever" em um perfil. Dizer o que sinto ou o que sou em poucas palavras. Até porque há um limite de caractéres e não podemos ultrapassá-los. Então, temos de nos definir, num determinado espaço, tudo aquilo que somos ou que almejamos ser. Todo o nosso processo de metamorfose tem de ser bem restrito, digamos assim.
Creio que seja difícil, no meu caso, definir em um determinado espaço, um perfil que eu demorei 19 anos pra construir. E que sempre precisa de reformas. Porque eu penso que nós, seres humanos, temos de nos reciclar sempre. É como se fôssemos uma casa velha, mesmo. Mas, que não precisamos esperar só as datas comemorativas "para dar um jeito no visual".

Estava pensando aqui em uma resposta para esse nó mental, e cheguei a conclusão de que está tudo certo, ou não(rs). Isso se deve às mudanças que, não só eu, mas todos nós, estamos sujeitos todos os dias. E que sejam elas boas ou não, nos fazem ver, pensar e agir diferente, um dia após o outro.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Sabe a dignidade? Banalizou também...

Estava lendo algumas coisas no globo.com um dia desses, e achei a seguinte chamada " Americana que leiloa virgindade recusou U$$1,5 milhão de brasileiro".
Se eu não me engano estava na parte de "mundo bizarro", e se não estava, deveria estar!
Natalie Dylan, uma norte-americana(bonita, diga-se de passagem) de 22 anos resolveu leiloar a virgindade na internet. Que coisa, não?
A dita cuja disse que o que a motivou a fazer tal façanha, foi um artigo lido por ela, sobre a relação econômica entre a virgindade e a prostituição. Nesse artigo, ela esbarrou com o caso de uma peruana que leiloou sua virgindade, na desculpa de que precisava de dinheiro pra comprar remédio para os pais.
E o pior está por vir: Natalie afirmou que pensa transformar essa "história" em um livro acadêmico.
Aí, me desculpe, mas tenho de concordar com o grande Drummond: " há livros que foram escritos para evitar espaços vazios na estante".
E completando o trecho, há pessoas que vieram ao mundo apenas pra elevar o índice da estatística de crescimento populacional.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O que os olhos não veem...

Tenho notado, ultimamente, que preciso refazer meu exame de vista.
Uma vez com óculos, sempre com ele.
Antes não era assim. Enxergava, ou pelo menos achava que enxergava, normalmente. Não sentia dificuldade alguma.
Lia letras bem pequenininhas sem fazer esforço algum. Até que, há aproximadamente um ano atrás, eu comecei a sentir fortes e constantes dores de cabeça. Não queria contar para meus pais porque temia o uso do óculos. Mas não teve jeito, o incômodo era cada vez maior e eu tive que falar com eles. Rapidamente trataram de marcar uma visita ao oftamologista.
Chegando lá, colocaram um raio de um líquido amarelo nos meu olhos e pediram pra eu esperar um pouco. Eu pensei: ahá! Isso deve ser alguma estratégia adotada em todos os consultórios oftalmológicos... Se não bastasse aquele super aparelho totalmente estranho, com várias lentes, que já nos deixam assustados,eles também colocam esse treco na nossa vista e, é claro, quando chega a bendita hora de ter de dizer quais são as letrinhas e números que estão aparecendo na nossa frente, não enxergamos um palmo adiante do nariz!
Depois de todo esse sufoco, descobri que tinha apenas 0,5 em cada vista! Ou melhor, que não tinha! hahaha
Mas agora tenho certeza de que esse grau já aumentou... Ainda mais porque o trabalho não ajuda muito: leio muito por lá e passo bastante tempo em frente do computador.
É engraçado, antes, quando eu não usava, achava que exergava perfeitamente bem. Depois que passei a usar, percebi que aquele meio grau me fazia falta e eu nem notava.

Às vezes, é essa sultileza nos detalhes que me incomoda...Tantas coisas passam despercebidas. E tanta gente também.

sábado, 17 de janeiro de 2009

O caos(?) de morar sozinha

Mesmo não sendo uma independência completa, estou muito satisfeita. O fato de não ser completa fica por conta de meus pais, ainda, terem de me sustentar. Agora estou assim, morando sozinha. Apenas durante a semana, já que nos finais dela, meus pais vêm(me visitar).
Achei que fosse ficar meio deprimida, mas nem fiquei. Eu estou é gostando muito.
Não sei dizer ao certo o porquê de estar gostando tanto, mas é bom. Até porque eu não preciso demonstrar ou dizer o porquê de tudo na minha vida. Só pra mim já basta.
A partir de amanhã, será a minha terceira semana morando sozinha. E mesmo com pouco tempo, já consigo perceber o quanto isso é importante. Essa experiência, mesmo que seja por pouco tempo(espero que não), conta bastante. Confesso que dá até pra me descobrir um pouco mais com isso.
E por falar em descoberta, os dotes culinários já começaram a aparecer.
E acho que essa história de caos é mentira, pelo menos pra mim.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Teste de paciência

Motoristas estressados, supermercados lotados, ruas entupidas, turistas desorientados, atendentes mal humoradas, pedestres no meio da via, estacionamentos sem vagas, filas em restaurantes, praias muito, mas muito cheias...
Isso e mais um pouco é uma pequena "homenagem ao caos" que é morar na Região dos Lagos, em épocas, como Natal, Ano Novo, carnaval, semana santa e afins.
Morando há mais ou menos um ano em Cabo Frio, já consigo observar como a cidade fica quando essas datas estão chegando.
Os comerciantes, no entanto, não têm do que reclamar. Lojas cheias toda hora. Para os que sabem aproveitar, esse é omomento ideal pra ganhar dinheiro! Tem demanda pra todo tipo de coisa... Agora, para aqueles que decidiram se mexer na última hora... azar o nosso e deles, também. Uma desordem total.
Caminhando pelas ruas é fácil notar quem é morador e quem é turista. Não pelo tipo de roupa ou idioma, mas pelo papo e pela cara feia. "Isso aqui tá um inferno... pra ir à praia, só se for a pé. Nunca vi Cabo Frio desse jeito. Esse ano tá demais" - desabafa um morador.
Eu tentei passar o réveillon na praia, mas não consegui. Simplesmente lotada. Minha mãe com o braço quebrado mais duas crianças, não combina com virada do ano em praia.
Chegamos à casa a tempo de desejar "feliz Ano Novo" pra todos. Só deu tempo de entrar e tirar as sandálias dos pés, porque, afinal, só faltavam três minutos para a chegada de 2009.

Que venha o carnaval... o motorista estressado, supermercado lotado, rua entupida, turista desorientado, atendente mal humorada, pedestre no meio da via, estacionamento sem vaga, fila em restaurante, praia muito, mas muito cheia!
E que, junto de tudo isso, venha bastante paciência.