terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Um misto disso e daquilo

Nó. Essa é a pequena definição que eu posso dar a grande confusão que se forma na minha cabeça, dia e noite.
Pensamentos soltos; incompletos. Penso, muitas vezes, que eu não consigo expressar claramente o que sinto ou o que tenho a dizer, talvez. Ou então, quando consigo me expressar, sinto que sou meio grossa; direta - essa talvez seja a palavra-chave -, e tem muita gente que não gosta de ouvir certas coisas. Ou melhor, todos gostam de ouvir o que é bom, o que faz qualquer um se sentir bem. Não vejo assim. Não podemos enganar todos com a nossa simpatia de cada dia. Comigo, por exemplo, se alguém perguntar se isso tá bom ou bonito, vou ser sincera. Não fico procurando nenhuma "poesia ímpar" pra tentar disfarçar que eu não gostei de tal coisa.
Mas,por outro lado, penso que eu não preciso ser clara, sempre. Pelo menos pra mim. O fato de eu não ser uma pessoa explícita não quer dizer que eu não sinta, entende? Só eu entendendo já está de bom tamanho.
Acho um tanto desnecessário ter a "obrigação de me descrever" em um perfil. Dizer o que sinto ou o que sou em poucas palavras. Até porque há um limite de caractéres e não podemos ultrapassá-los. Então, temos de nos definir, num determinado espaço, tudo aquilo que somos ou que almejamos ser. Todo o nosso processo de metamorfose tem de ser bem restrito, digamos assim.
Creio que seja difícil, no meu caso, definir em um determinado espaço, um perfil que eu demorei 19 anos pra construir. E que sempre precisa de reformas. Porque eu penso que nós, seres humanos, temos de nos reciclar sempre. É como se fôssemos uma casa velha, mesmo. Mas, que não precisamos esperar só as datas comemorativas "para dar um jeito no visual".

Estava pensando aqui em uma resposta para esse nó mental, e cheguei a conclusão de que está tudo certo, ou não(rs). Isso se deve às mudanças que, não só eu, mas todos nós, estamos sujeitos todos os dias. E que sejam elas boas ou não, nos fazem ver, pensar e agir diferente, um dia após o outro.

7 comentários:

Roberta Albano disse...

Eu concordo com quase nada :P.
eu gosto de dizer o que as pessoas querem ouvir (pras pessoas que merecem, é clado) porque eu gosto de fazê-las se sentirem bem, se sentirem renovadas.
E acho justo receber o mesmo.
Eu sempre procuro recursos para não ser grossa (mais uma vez e sempre, com quem vale a pena - dizendo bastante isso pq já viu que eu não sou assim com aquem não vou com a cara)mesmo que tenha algo que não me agrade eu vejo alguma qualidade para balancear as coisas

Com o perfil eu concordo totalmente que é difícil definir o que somos, personalidades são muito complexas e mudam o tempo todo.
Alias, em cada personalidade tem um pouquinho de cada coisa que cresce e decresce em cada hora :)

bjos

Amanda Hora disse...

Esse nó mental eu acho super saudável! Ser questionadora e se reciclar a cada dia pra mim pelo menos faz um bem danado... ficar presa a um perfil com limites de caracteres é tenso demais. No meu caso, um perfil que demorei 18 anos pra contruir e que ainda está sujeito a muitas metamorfoses haha

Beijos!

Suellen Analia disse...

Oi, Roberta!
Eu nem sempre digo o que as pessoas querem ouvir, não gosto de fazer tipo com ninguém.
Se acho que tá errado, eu falo, Se acho que tá feio, eu digo e por aí vai.

Beijos.

Suellen Analia disse...

Pois é, Amanda!
A gente muda o tempo todo e nem sempre nos damos conta disso.
Tb creio que o nó seja saudável... Mas que nos deixa cheias de questionamentos, isso deixa.
Beijos pra vc!

Sergio Brandão disse...

E que bom podermos ser, cada um de nós, essa "metamorfose ambulante"!... Do contrário, a gente mesmo não se aguentaria! Daí a necessidade de reedição com o tempo... Bjs.
P.S.: Post "profundo" esse, hein?!? rs Como diria naquela gíria: "muito 'cabeça'"! rsrs
E, ó, MUITO OBRIGADO pela "assiduidade" lá no "de4"!!!

Suellen Analia disse...

É verdade, Sergio!
Vamos mudando...rs
Profundo? Que nada... só un pensamentos que resolvi passar pro papel, ou melhor, pro blog! rs
De nada! Passo lá com o maior prazer! Grande beijo.

Leire disse...

Oi, Suellen!
Seu blog estava aqui o tempo todo e eu nem me dei conta.

Às vezes, quando eu devo ser explícita, acabo não tendo coragem de dizer o que realmente penso. Amenizo os comentários e me prejudico depois. Acho que demorou mais de uma década pra que eu aprendesse a falar. Falar assim, de verdade, sabe?
Mas dou muito valor ao que me falam e eu sinto que é verdadeiro. Acho que ninguém deveria ter medo de se expressar, desde que haja sempre bom senso e altruísmo. Críticas construtivas são sempre bem vindas!

Um abraço!