terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Um misto disso e daquilo

Nó. Essa é a pequena definição que eu posso dar a grande confusão que se forma na minha cabeça, dia e noite.
Pensamentos soltos; incompletos. Penso, muitas vezes, que eu não consigo expressar claramente o que sinto ou o que tenho a dizer, talvez. Ou então, quando consigo me expressar, sinto que sou meio grossa; direta - essa talvez seja a palavra-chave -, e tem muita gente que não gosta de ouvir certas coisas. Ou melhor, todos gostam de ouvir o que é bom, o que faz qualquer um se sentir bem. Não vejo assim. Não podemos enganar todos com a nossa simpatia de cada dia. Comigo, por exemplo, se alguém perguntar se isso tá bom ou bonito, vou ser sincera. Não fico procurando nenhuma "poesia ímpar" pra tentar disfarçar que eu não gostei de tal coisa.
Mas,por outro lado, penso que eu não preciso ser clara, sempre. Pelo menos pra mim. O fato de eu não ser uma pessoa explícita não quer dizer que eu não sinta, entende? Só eu entendendo já está de bom tamanho.
Acho um tanto desnecessário ter a "obrigação de me descrever" em um perfil. Dizer o que sinto ou o que sou em poucas palavras. Até porque há um limite de caractéres e não podemos ultrapassá-los. Então, temos de nos definir, num determinado espaço, tudo aquilo que somos ou que almejamos ser. Todo o nosso processo de metamorfose tem de ser bem restrito, digamos assim.
Creio que seja difícil, no meu caso, definir em um determinado espaço, um perfil que eu demorei 19 anos pra construir. E que sempre precisa de reformas. Porque eu penso que nós, seres humanos, temos de nos reciclar sempre. É como se fôssemos uma casa velha, mesmo. Mas, que não precisamos esperar só as datas comemorativas "para dar um jeito no visual".

Estava pensando aqui em uma resposta para esse nó mental, e cheguei a conclusão de que está tudo certo, ou não(rs). Isso se deve às mudanças que, não só eu, mas todos nós, estamos sujeitos todos os dias. E que sejam elas boas ou não, nos fazem ver, pensar e agir diferente, um dia após o outro.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Sabe a dignidade? Banalizou também...

Estava lendo algumas coisas no globo.com um dia desses, e achei a seguinte chamada " Americana que leiloa virgindade recusou U$$1,5 milhão de brasileiro".
Se eu não me engano estava na parte de "mundo bizarro", e se não estava, deveria estar!
Natalie Dylan, uma norte-americana(bonita, diga-se de passagem) de 22 anos resolveu leiloar a virgindade na internet. Que coisa, não?
A dita cuja disse que o que a motivou a fazer tal façanha, foi um artigo lido por ela, sobre a relação econômica entre a virgindade e a prostituição. Nesse artigo, ela esbarrou com o caso de uma peruana que leiloou sua virgindade, na desculpa de que precisava de dinheiro pra comprar remédio para os pais.
E o pior está por vir: Natalie afirmou que pensa transformar essa "história" em um livro acadêmico.
Aí, me desculpe, mas tenho de concordar com o grande Drummond: " há livros que foram escritos para evitar espaços vazios na estante".
E completando o trecho, há pessoas que vieram ao mundo apenas pra elevar o índice da estatística de crescimento populacional.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O que os olhos não veem...

Tenho notado, ultimamente, que preciso refazer meu exame de vista.
Uma vez com óculos, sempre com ele.
Antes não era assim. Enxergava, ou pelo menos achava que enxergava, normalmente. Não sentia dificuldade alguma.
Lia letras bem pequenininhas sem fazer esforço algum. Até que, há aproximadamente um ano atrás, eu comecei a sentir fortes e constantes dores de cabeça. Não queria contar para meus pais porque temia o uso do óculos. Mas não teve jeito, o incômodo era cada vez maior e eu tive que falar com eles. Rapidamente trataram de marcar uma visita ao oftamologista.
Chegando lá, colocaram um raio de um líquido amarelo nos meu olhos e pediram pra eu esperar um pouco. Eu pensei: ahá! Isso deve ser alguma estratégia adotada em todos os consultórios oftalmológicos... Se não bastasse aquele super aparelho totalmente estranho, com várias lentes, que já nos deixam assustados,eles também colocam esse treco na nossa vista e, é claro, quando chega a bendita hora de ter de dizer quais são as letrinhas e números que estão aparecendo na nossa frente, não enxergamos um palmo adiante do nariz!
Depois de todo esse sufoco, descobri que tinha apenas 0,5 em cada vista! Ou melhor, que não tinha! hahaha
Mas agora tenho certeza de que esse grau já aumentou... Ainda mais porque o trabalho não ajuda muito: leio muito por lá e passo bastante tempo em frente do computador.
É engraçado, antes, quando eu não usava, achava que exergava perfeitamente bem. Depois que passei a usar, percebi que aquele meio grau me fazia falta e eu nem notava.

Às vezes, é essa sultileza nos detalhes que me incomoda...Tantas coisas passam despercebidas. E tanta gente também.

sábado, 17 de janeiro de 2009

O caos(?) de morar sozinha

Mesmo não sendo uma independência completa, estou muito satisfeita. O fato de não ser completa fica por conta de meus pais, ainda, terem de me sustentar. Agora estou assim, morando sozinha. Apenas durante a semana, já que nos finais dela, meus pais vêm(me visitar).
Achei que fosse ficar meio deprimida, mas nem fiquei. Eu estou é gostando muito.
Não sei dizer ao certo o porquê de estar gostando tanto, mas é bom. Até porque eu não preciso demonstrar ou dizer o porquê de tudo na minha vida. Só pra mim já basta.
A partir de amanhã, será a minha terceira semana morando sozinha. E mesmo com pouco tempo, já consigo perceber o quanto isso é importante. Essa experiência, mesmo que seja por pouco tempo(espero que não), conta bastante. Confesso que dá até pra me descobrir um pouco mais com isso.
E por falar em descoberta, os dotes culinários já começaram a aparecer.
E acho que essa história de caos é mentira, pelo menos pra mim.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Teste de paciência

Motoristas estressados, supermercados lotados, ruas entupidas, turistas desorientados, atendentes mal humoradas, pedestres no meio da via, estacionamentos sem vagas, filas em restaurantes, praias muito, mas muito cheias...
Isso e mais um pouco é uma pequena "homenagem ao caos" que é morar na Região dos Lagos, em épocas, como Natal, Ano Novo, carnaval, semana santa e afins.
Morando há mais ou menos um ano em Cabo Frio, já consigo observar como a cidade fica quando essas datas estão chegando.
Os comerciantes, no entanto, não têm do que reclamar. Lojas cheias toda hora. Para os que sabem aproveitar, esse é omomento ideal pra ganhar dinheiro! Tem demanda pra todo tipo de coisa... Agora, para aqueles que decidiram se mexer na última hora... azar o nosso e deles, também. Uma desordem total.
Caminhando pelas ruas é fácil notar quem é morador e quem é turista. Não pelo tipo de roupa ou idioma, mas pelo papo e pela cara feia. "Isso aqui tá um inferno... pra ir à praia, só se for a pé. Nunca vi Cabo Frio desse jeito. Esse ano tá demais" - desabafa um morador.
Eu tentei passar o réveillon na praia, mas não consegui. Simplesmente lotada. Minha mãe com o braço quebrado mais duas crianças, não combina com virada do ano em praia.
Chegamos à casa a tempo de desejar "feliz Ano Novo" pra todos. Só deu tempo de entrar e tirar as sandálias dos pés, porque, afinal, só faltavam três minutos para a chegada de 2009.

Que venha o carnaval... o motorista estressado, supermercado lotado, rua entupida, turista desorientado, atendente mal humorada, pedestre no meio da via, estacionamento sem vaga, fila em restaurante, praia muito, mas muito cheia!
E que, junto de tudo isso, venha bastante paciência.